segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

'Piratas' somalis com o povo hatiano

Quem leia a Rádio Moscovo com regularidade sabe que não temos quaisquer pruridos em atacar a legalidade burguesa e o colaboracionismo pacifista. Hoje, trazemos a notícia de um grupo que está na mira do capitalismo e que foi, há muito, demonizado pela imprensa de reverência. Depois de verem as suas costas devastadas pelas transnacionais pesqueiras, os vulgarmente chamados 'piratas' somalis passaram a atacar os navios estrangeiros. Com o afastamento da pesca abusiva, a população local conseguiu aceder aos seus próprios recursos naturais.

Denunciámos essa situação há vários meses. Hoje, os 'piratas' somalis dirigiram-se à imprensa mundial para afirmar que pretendem enviar para o povo haitiano parte do capturado aos navios capitalistas. Acrescentam ainda que "a ajuda humanitária ao Haiti não pode ser dirigida pelos Estados Unidos e países europeus, não têm autoridade moral para isso. São eles quem pirateiam a humanidade desde há muitos anos".

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Não à extradição dos dois independentistas bascos!

Porque somos contra a tortura, rejeitamos a extradição de Iratxe e Garikoitz, os dois independentistas bascos presos em Portugal.


Excerto do relato de Amaia Urizar, torturada pela Guardia Civil:

Então senti o metal entre as minhas pernas e um guarda civil sussurrou-me que não me mexesse. Eu chorava e comecei a gritar como uma louca, enquanto fazia forças para juntar as minhas pernas, mas não podia porque tinha os tornozelos atados aos pés da cadeira... Pôs-me a pistola entre as pernas e com a mão apalpou-me as cuecas; eu gritava-lhe que me deixasse em paz, mas ele começou-me a bater-me nos ouvidos com estalos e gritava-me que estivesse quieta ou que se ia escapar um tiro porque a pistola estava carregada. Ouvia as gargalhadas dos restantes dizendo coisas do estilo "vaca, puta, vais gostar..". Introduziu-me o canhão da pistola na vagina enquanto me gritava ao ouvido uma e outra vez "que te digo quando te foder, gora ETA?" Não podia parar de chorar e já não tinha forças para gritar. Começou-me a introduzir e a tirar a pistola de forma mais violenta, o que me provocava dor, enquanto que o que me sussurrava "sim, tu gostas, puta", "não vais ter um filho porque te vou dar dois tiros"...O seu odor metia-se dentro de mim, enojava-me, não sei se alguma vez me sairá este cheiro da cabeça...Estavam-se todos a rir (...) metia-me e tirava o canhão da pistola na vagina e sovava-me o peito de forma brusca, apertando-me o peito com as mãos. Notava dentro de mim o frio do metal, eles repetiam que a pistola estava carregada e que se disparassem a culpa seria minha...Não sei quanto tempo se prolongou a violação mas fiquei muda, estava como perdida; naquela habitação estavam a violar o meu corpo, mas por momentos consegui fugir dali em pensamentos, entre soluços, mas consegui fugir dali; dava-me conta da minha gente, estava com eles e elas, estava protegida... De repente sacou o canhão bruscamente de dentro de mim, enquanto lhes dizia (...) "temos de repetir, que ela gostou"... Voltei à realidade, encontrava-me dorida... De novo mostraram-me as fotografias, de uma em uma, e diziam-me a respeito de cada pessoa o que lhes tinha dito (de que local eram...) mais o que eles lhes queriam imputar; diziam-me que tinha de aprender tudo de memória para repetir quando tivesse de declarar... Repetiram-no muitas vezes e eu tinha que o repetir tudo uma e outra vez e se confundia começavam a bater-me e dar-me estaladas, e a ameaçar-me dizendo que me iam violar de novo".

domingo, 10 de janeiro de 2010

Paredes que falam

Este trabalho encontra-se na Pontinha e foi produzido pelo Hel, a quem enviamos um abraço. Mais um artista que se põe do nosso lado da barricada. As ruas das nossas cidades não devem ficar em silêncio perante a censura da imprensa capitalista. Somos e seremos comunistas. Somos e seremos marxistas-leninistas.